RESUMO
A palatoplastia é o tratamento indicado para correção da fissura palatina e a busca pela técnica que proporcione melhores resultados é o objetivo permanente. Está claro que fonação é a melhor análise da eficácia de uma técnica, mas há outros fatores importantes, como o reposicionamento anatômico das estruturas e a reprodutibilidade. Comparar morfometricamente o reposicionamento conseguido por três técnicas cirúrgicas diferentes de palatoplastia, por meio de medidads intra-operatórias e pós-operatórias imediatas. Foram operados, por um mesmo cirurgião, 30 pacientes portadores de fissura lábio-palatina unilateral, com idades que variam entre 12 e 24 meses, sem cirurgias prévias no palato mole, sem outras co-morbidades, sendo divididos me três grupos: Grupo 1 - Técnica de Furlow; Grupos 2 - Técnica de Veau-Wardill-Kilner com veloplastia; Grupo 3 - Técnica de Veau- Wardill- Kilner com veloplastia e plástica em Z na mucosa nasal. Duas destas técnicas (G1 e G2) são consagradas pelo uso, e a terceira (G3) é uma modificação destas sugeridas pelo autor. Observou-se que as três técnicas alongam o palato, com uma tendência maior no Grupo 3, sendo o conjunto muscular mais retroposicionado, também nos pacientes do Grupo 3, enquanto o índice de complicações foi maior nos pacientes operados pela técnica de Furlow. Os achados clínicos perioperatórios e morfométricos desses estudos sugerem que a técnica de Veau-Wardill-Kilner com veloplastia e plástica em Z na mucosa nasal é uma alternativa viável e promissora para o tratamento da fissura palatina, e a avaliação fonológica destes pacientes, em longo prazo, será a resposta final para a sua aplicabilidade clínica.